Borges, Jünger e Celine
Borges faz filosofia fora do padrão da seriedade acadêmica estabelecida pela normativa universitária, escreve supostamente literatura fantástica, usa figuras retóricas, inventa histórias, faz piadas, muda os relatos segundo a conveniência como Groucho Marx, ironiza, com tudo o que isso implica, chega a ser engraçado. Porém, ao mesmo tempo, não é um marginal nem na academia nem na sociedade. Aceito nos círculos mais conservadores e elitistas da sociedade aparece como um escritor popular, quase como Ernst Jünger. Ambos escrevem corroendo os fundamentos do lugar que habitam e mesmo assim....
A radicalidade da escrita de Borges e Jünger não se mostra como escandalosa, denunciadora ou indignada, aparece como publicável.
Ao contrário de Celine que com insultos, obscenidades e bastante ressentimento se apresenta como transgressor enquanto afirma o mais recalcitrante fascismo. Celine é o exemplo mais nítido de uma escrita escandalosa que não faz outra coisa que afirmar o poder real que se sustenta na certeza de uma realidade inquestionável. Sua literatura é tão pequena quanto seu problema (de inveja) pessoal com Sarte.
A radicalidade da escrita de Borges e Jünger não se mostra como escandalosa, denunciadora ou indignada, aparece como publicável.
Ao contrário de Celine que com insultos, obscenidades e bastante ressentimento se apresenta como transgressor enquanto afirma o mais recalcitrante fascismo. Celine é o exemplo mais nítido de uma escrita escandalosa que não faz outra coisa que afirmar o poder real que se sustenta na certeza de uma realidade inquestionável. Sua literatura é tão pequena quanto seu problema (de inveja) pessoal com Sarte.
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