Escuta coletiva A psicanálise como práxis da construção do laço social

Apresentação  

Procuramos apresentar dois usos do dispositivo psicanalítico. O primeiro como modo de abordagem para acolher a experiência de identificação coletiva entre a alienação e a emancipação. Isto permite observar modos de organização coletiva que podem ser social, econômica e politicamente transformadoras. O segundo como trabalho de escuta coletiva com o intuito de acolher os conflitos psíquicos dos membros do grupo e possibilitar os encaminhamentos pertinentes. Deste modo, a dinâmica de auto-organização possibilita dar conta das condições materiais de vida das pessoas, desde o alimento e a educação até a saúde física e psíquica.

 

Encontro 1. A identificação coletiva: alienação e emancipação. A lógica da identidade positiva e excludente. A lógica da identificação pela falta. A construção da massa pelo líder. A identificação de grupo em torno da demanda. A passagem da demanda ao desejo. Da reclamação à organização política.

 

Encontro 2. A identificação coletiva: alienação e emancipação. A lógica da identidade positiva e excludente. A lógica da identificação pela falta. A construção da massa pelo líder. A identificação de grupo em torno da demanda. A passagem da demanda ao desejo. Da reclamação à organização política.

 

 

Encontro 3. O que faz a psicanálise para além do divã? As clínicas públicas de Freud na Europa. As clínicas públicas da psicanálise na Argentina dos anos 1950, 1960, 1970.

 

Encontro 4. A experiência de trabalho clínico de Marie Langer na Nicarágua com campesinos e trabalhadores urbanos auto-organizados nos anos 1980.

 

Bibliografia teórica básica

 

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