Moisés e seu povo, o egípcio e o judeu: entre o estranho e o familiar, o diverso e o incomum.
HG726 A Tópicos Especiais de Filosofia Geral X 3ª Feira
19:00 às 23:00
19:00 às 23:00
ifch -UNICAMP
Inicio de aula terça-feira 6 de agosto de 2019
Professor: Daniel Omar Perez
Título: Fundamentos da psicanálise
Moisés e seu povo, o egípcio e o judeu: entre o estranho e o familiar, o diverso e o incomum.
Moisés e seu povo, o egípcio e o judeu: entre o estranho e o familiar, o diverso e o incomum.
Resumo: O Moisés de Freud é um estudo psicanalítico de uma história bíblica que busca refletir sobre a origem do monoteísmo, da unidade de um povo e da emergência de um líder. A história de Moisés em geral e a leitura freudiana em particular têm sido objeto de desdobramentos e críticas em vários aspectos.
A disciplina visa apresentar uma análise do texto que coloque de manifesto dois aspectos: um metodológico e outro categorial. Pretendemos abordar o procedimento metodológico da psicanálise com relação a eventos históricos, políticos e culturais, isto é, problematizar a possibilidade de usar a psicanálise para pensar não só um caso clínico, senão também o próprio dispositivo conceitual que nos possibilita acolher um fenômeno como é o caso da unidade de um povo, de uma coletividade, de uma comunidade, uma etnia ou um grupo qualquer e articular uma unidade identitária.
Assim sendo, buscaremos mostrar que, para dar conta da unidade do povo judeu, Freud deve exibir duas operações: 1. A unidade como uma produção feita a partir da diversidade; 2. O estranho como condição do familiar e do comum.
Finalmente, com esse dispositivo conceitual, abordaremos apenas como exemplos as problematizações sobre a comunidade realizadas por Kant, Blanchot, Barthes, Agamben, Nancy e Espósito.
A disciplina visa apresentar uma análise do texto que coloque de manifesto dois aspectos: um metodológico e outro categorial. Pretendemos abordar o procedimento metodológico da psicanálise com relação a eventos históricos, políticos e culturais, isto é, problematizar a possibilidade de usar a psicanálise para pensar não só um caso clínico, senão também o próprio dispositivo conceitual que nos possibilita acolher um fenômeno como é o caso da unidade de um povo, de uma coletividade, de uma comunidade, uma etnia ou um grupo qualquer e articular uma unidade identitária.
Assim sendo, buscaremos mostrar que, para dar conta da unidade do povo judeu, Freud deve exibir duas operações: 1. A unidade como uma produção feita a partir da diversidade; 2. O estranho como condição do familiar e do comum.
Finalmente, com esse dispositivo conceitual, abordaremos apenas como exemplos as problematizações sobre a comunidade realizadas por Kant, Blanchot, Barthes, Agamben, Nancy e Espósito.
Programa:
Introdução: questões epistemológicas e metodológicas.
1. Conhecimento e etnia: a psicanálise é uma ciência judia?
2. Conhecimento e demarcação epistemológica: a psicanálise é uma ciência?
3. Conhecimento e prática clínica: a psicanálise é uma?
4. Conhecimento e metapsicologia: a psicanálise
Primeira parte: Moisés
1. Os textos socioculturais de Freud: Totem, Mal-estar, O futuro, As massas, Moisés.
2. A estrutura e os elementos de Moisés de Freud e da leitura da Bíblia.
3. O que os pesquisadores afirmam do Moisés de Freud?
4. Exame da questão do líder em Freud
5. Exame da questão do Deus em Freud
6. Exame da questão do Povo em Freud
Segunda parte: A comunidade
1. Pensar a vida em comum antes de Freud: Kant entre o dogmatismo estatutário e a fé racional.
2. Pensar a vida em comum depois de Freud: Blanchot, Barthes, Nancy, Agamben e Espósito a partir do incomum.
Introdução: questões epistemológicas e metodológicas.
1. Conhecimento e etnia: a psicanálise é uma ciência judia?
2. Conhecimento e demarcação epistemológica: a psicanálise é uma ciência?
3. Conhecimento e prática clínica: a psicanálise é uma?
4. Conhecimento e metapsicologia: a psicanálise
Primeira parte: Moisés
1. Os textos socioculturais de Freud: Totem, Mal-estar, O futuro, As massas, Moisés.
2. A estrutura e os elementos de Moisés de Freud e da leitura da Bíblia.
3. O que os pesquisadores afirmam do Moisés de Freud?
4. Exame da questão do líder em Freud
5. Exame da questão do Deus em Freud
6. Exame da questão do Povo em Freud
Segunda parte: A comunidade
1. Pensar a vida em comum antes de Freud: Kant entre o dogmatismo estatutário e a fé racional.
2. Pensar a vida em comum depois de Freud: Blanchot, Barthes, Nancy, Agamben e Espósito a partir do incomum.
Metodologia: aulas expositivas.
Forma de avaliação: trabalho final sobre um ponto específico do programa.
Horário da disciplina: terça-feira de 19 a 23
Horário de atendimento: terça-feira de 9 a 12 na sala B45 com horário marcado.
Forma de avaliação: trabalho final sobre um ponto específico do programa.
Horário da disciplina: terça-feira de 19 a 23
Horário de atendimento: terça-feira de 9 a 12 na sala B45 com horário marcado.
Bibliografia:
Textos de base:
Agamben, G. A comunidade que vem. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2013.
Barthes, R. Como vivir juntos. Buenos Aires: Siglo XXI, 2003.
Blanchot, M. La comunidad inconfesable. Madrid: Editora Nacional, 2002.
Espósito, R. Comunitas. Origen y destino de la comunidade. Buenos Aires: Amorrortu, 2012.
Freud, S. O homem Moisés e a religião monoteísta. Porto Alegre: MPL Editores, 2013.
Kant, I. A religião nos limites da simples razão. São Paulo: Lafonte, 2017.
Nancy, J-L. A comunidade inoperada. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016.
VVAA. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 1988.
Textos de base:
Agamben, G. A comunidade que vem. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2013.
Barthes, R. Como vivir juntos. Buenos Aires: Siglo XXI, 2003.
Blanchot, M. La comunidad inconfesable. Madrid: Editora Nacional, 2002.
Espósito, R. Comunitas. Origen y destino de la comunidade. Buenos Aires: Amorrortu, 2012.
Freud, S. O homem Moisés e a religião monoteísta. Porto Alegre: MPL Editores, 2013.
Kant, I. A religião nos limites da simples razão. São Paulo: Lafonte, 2017.
Nancy, J-L. A comunidade inoperada. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016.
VVAA. Bíblia de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 1988.
Textos de apoio:
Bocca, Bocchi & Perez Ontologia sem espelhos. Curitiba CRV, 2015.
Canetti, E. Masse und Macht. Frankfurt am Main: Fischer Taschenbuch Verlag, 2011.
Espósito, R. Immunitas. Protección y negación de la vida. Buenos Aires: Amorrortu, 2009.
Freud, S. Moises y la religión monoteísta: tres ensayos. Volumen 19. Buenos Aires: Hyspamerica, 1988.
______ Moises y la religión monoteísta. Buenos Aires: Raices, biblioteca de cultura judía, 1988.
______ Totem e tabu. Porto Alegre: LP&M, 2013.
______ O Mal-estar na civilização. Porto Alegre: LP&M, 2010.
______ Psicologia das massas e análise do eu. Porto Alegre: LP&M, 2013.
Fuks, Betty B. O homem Moises e a religião monoteísta- três ensaios. O desvelar de um assassinato. Rio de Janeiro: Record, 2014.
Giacoia Jr, O. Agamben. Por uma ética da vergonha e do resto. São Paulo: Edições N -1, 2018.
Kant, I. Die religion innerhalb der Grenzen der blossen Vernunft. Band 7. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983.
______ La religion dentro de los limites de la mera razón. Madrid: Alianza editorial, 1986.
Lacan, J. O Seminário 9. A identificação. Versão taquigrafada disponívelhttp://staferla.free.fr/S9/S9.htm
Bocca, Bocchi & Perez Ontologia sem espelhos. Curitiba CRV, 2015.
Canetti, E. Masse und Macht. Frankfurt am Main: Fischer Taschenbuch Verlag, 2011.
Espósito, R. Immunitas. Protección y negación de la vida. Buenos Aires: Amorrortu, 2009.
Freud, S. Moises y la religión monoteísta: tres ensayos. Volumen 19. Buenos Aires: Hyspamerica, 1988.
______ Moises y la religión monoteísta. Buenos Aires: Raices, biblioteca de cultura judía, 1988.
______ Totem e tabu. Porto Alegre: LP&M, 2013.
______ O Mal-estar na civilização. Porto Alegre: LP&M, 2010.
______ Psicologia das massas e análise do eu. Porto Alegre: LP&M, 2013.
Fuks, Betty B. O homem Moises e a religião monoteísta- três ensaios. O desvelar de um assassinato. Rio de Janeiro: Record, 2014.
Giacoia Jr, O. Agamben. Por uma ética da vergonha e do resto. São Paulo: Edições N -1, 2018.
Kant, I. Die religion innerhalb der Grenzen der blossen Vernunft. Band 7. Darmstadt: Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1983.
______ La religion dentro de los limites de la mera razón. Madrid: Alianza editorial, 1986.
Lacan, J. O Seminário 9. A identificação. Versão taquigrafada disponívelhttp://staferla.free.fr/S9/S9.htm
Perez, D. O. O Inconsciente. Onde mora o desejo. Rio de Janeiro: Record, 2012.
__________ A psicanálise como experiência ética e o problema da cientificidade Revista Mal-estar e Subjetividade – Fortaleza – Vol. IX – Nº 4 – p. 1203-1232 – dez/2009.
Perez, D.O. & Starnino, A. Por que nos identificamos? Curitiba: CRV, 2018.
Rank, O. O mito do nascimento do herói. Uma interpretação psicológica dos mitos. São Paulo: Cienbook, 2015.
Reich, W. Psicologia de massas do Fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 2001
Rozitchner, L. Escritos psicoanalíticos. Matar al padre, matar al hijo, matar a la madre. Buenos Aires: Ediciones Biblioteca Nacional, 2015.
Todorov, T. La vida em comum. Ensayo de antropologia general. Buenos Aires: Taurus, 2008.
Caríssimo professor... tenho interesse na disciplina. Sou Helio Hintze, Doutor em Ciências pela USP, atualmente no Pos-doc na ESALQ (pensando educação, racismo, machismo e formação de professores)... como faço minha inscrição para sua disciplina? se puder me enviar informações em contato@fazerpensar.com.br - eu super agradeço!
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