kant e o problema da significação

O Inconsciente. Onde mora o desejo

Ontologia sem espelhos
O que é a realidade? Como uma pergunta desse tipo é possível?

Num primeiro enfoque do problema a tarefa se coloca na relação literatura-filosofia. A questão acerca do real aparece no plano da narrativa e do jogo da argumentação, isto é, da linguagem. Para isso usamos as ideias de Jorge Luis Borges e suas especulações sobre a realidade tanto nas ficções literárias quanto em relação à própria escrita filosófica. Numa segunda perspectiva o assunto é colocado em relação a quem pergunta e seu objeto. Por isso achamos pertinente usar alguns conceitos e dispositivos teóricos da filosofia moderna e suas objeções, especialmente em Descartes, Berkeley, Locke e Kant. No terceiro momento, indicamos o ponto no horizonte onde o fracasso das pressuposições anteriormente reveladas impulsiona a tentativa de uma nova formulação da pergunta pela realidade. O recurso da psicanálise se apresenta como a possibilidade de marcar o fim de uma época e abertura de uma nova pauta de trabalho. Ao final nos interrogamos o que é a realidade enquanto pergunta. Como uma pergunta desse tipo é possível?
Por Que Nos Identificamos?
Por que nos consideramos iguais a uns e diferentes de outros? Porque nos apaixonamos por determinadas pessoas, coisas ou ideias? Como decidimos nossas escolhas, nossos gostos? Por que nos reconhecemos a partir de um nome e de uma história individual, familiar ou grupal, de gênero, política ou étnica? Desde a crítica da identidade elaborada na filosofia moderna a partir de O Seminário IX de Lacan, A Identificação, articulamos um dispositivo conceitual que nos permite reformular a pergunta por aquilo que sou ou que somos já não desde uma essência, substância ou função lógica e sim desde a diferença.
A Eficacia Da Cura Em Psicanalise
Antonio Godino Cabas, Daniel Omar Perez, Edna Maria Romano Wallbach, Francisco Verardi Bocca, Gilberto Rudeck da Fonseca, João Perci Schiavon, Jorge Sesarino, Maria Angélica Carrera e Nadja Nara Barbosa Pinheiro se interrogam sobre a cura e oferecem dez trabalhos que lhe permitem ao leitor ter uma compreensão bastante abrangente do que seria uma psicanálise. O que seria um tratamento psicanalítico? O que trata uma psicanálise? Qual é a sua finalidade? Quando começa um tratamento psicanalítico? Quando termina? Quais são suas etapas ou momentos ou tempos? Qual é a duração de uma análise? Só há uma ou mais de uma análise? Todos podem fazer análise? O que faz um analista? As perguntas acima listadas são inquietação de leigos e iniciados e não têm data de validade nem prescrição definitiva. A tentativa de resposta para essas questões requer um cuidado ético-epistemológico para além de uma mera descrição de procedimentos e metodologias. A psicanálise como um trabalho com as palavras engendrou orientações convergentes e divergentes em diferentes aspectos, criou várias gerações de analistas que desenvolveram tratamentos gerais ou abordagens específicas. Algumas dessas práticas foram abandonadas, outras aprofundadas. Muitas tiveram uma eficácia duradoura, várias não passaram de ensaios. Um conjunto das práticas contemporâneas que refletem parte desse percurso se encontra expressado neste livro.
Comentários
Postar um comentário