Ontologia e semântica. "Tem algo lá fora?" Como posso afirmar uma realidade fora de mim?
O problema da extistência dos objetos externos talvez possa ser considerado um dos problemas fundamentais da filosofia, e quiça também o que perpassa toda a história do pensamento do qual somos herdeiros. Uma forma anterior desse problema pode estar na formulação da pergunta: por que há algo e não nada? Esse é o tema do que chamamos ontologia ou metafísica generalis.
Desde os antigos até hoje a pergunta é reiterada:
1. por que ha algo e não nada?
2. como posso afirmar a existência de objetos fora de mim?
Com relação a isso Kant escreveu na segunda edição da "Crítica da Razão Pura" uma "Refutação ao idealismo". Segundo Guido de Almeida (138, 2005) "essa interpolação parece se explicar pelo desejo de Kant de realçar o lado realista da sua doutrina, a fim de se defender dos críticos que assimilavam o idealismo transcendental a uma nova forma do subjetivismo e do ceticismo".
A posição do cético seria a de exigir uma prova da existência do mundo externo e seria escandaloso para uma filosofia que afirma o conhecimento não ter uma prova anteriro. Perante esse pedido filósofos como Heidegger em "Ser e Tempo" parágrafo 43 consideram que o verdadeiro escândalo da filosofia não é não ter a prova mas exigir uma prova da existência do mundo externo. O Ser-aí já está no mundo quando faz essa pergunta. Por outro lado, G. E. Moore, em seu texto "A prova do mundo externo" considera o problema desde o ponto de vista das expressões na linguagem e sua relação com algo percebido. Sem entrar no mérito das duas propostas anteriores, que marcará o rumo de fenomenólogos e analíticos, vamos nos demorar em algumas considerações anteriores feitas a partir de Kant.
A questão que Kant assume não é se existe isto ou aquilo específico, mas se existe algo em geral. O problema de se existe isso ou aquilo específico pode ser um problema empírico, pode ser reducido a um equívoco circunstancial ou um problema reservado ao médico ou ao psicólogo. Ma s o problema de se existe algo em geral é problema da filosofia. Porém, essa existência de algo em geral é abordada não sem uma determinação específica. trata-se de saber se posso afirmar a existência de algo em geral na experiência cognitiva. Esse é o ponto de diferença entre a metafísica tradicional e a tarefa da filosofia entendida por Kant. A pergunta acerca de se há algo e não nada passa para a questão da existência do mundo externo, e essa questão é enunciada no interior de um campo de sentido.
No link que segue tem um artigo que ensaia uma interpretação semãntica da refutação ao idealismo com relação à questão dos objetos externos
https://www.academia.edu/8359400/Idealismo_Transcendental_e_Realismo_Emp%C3%ADrico_uma_Interpreta%C3%A7%C3%A3o_Sem%C3%A2ntica_do_Problema_da_Cognoscibilidade_dos_Objetos_Externos
Almeida, G. (2005) Kant e o escandalo da filosofia. IN PEREZ, D. O. "Kant no Brasil". São Paulo: Editora Escuta, pp. 137-166.
Desde os antigos até hoje a pergunta é reiterada:
1. por que ha algo e não nada?
2. como posso afirmar a existência de objetos fora de mim?
Com relação a isso Kant escreveu na segunda edição da "Crítica da Razão Pura" uma "Refutação ao idealismo". Segundo Guido de Almeida (138, 2005) "essa interpolação parece se explicar pelo desejo de Kant de realçar o lado realista da sua doutrina, a fim de se defender dos críticos que assimilavam o idealismo transcendental a uma nova forma do subjetivismo e do ceticismo".
A posição do cético seria a de exigir uma prova da existência do mundo externo e seria escandaloso para uma filosofia que afirma o conhecimento não ter uma prova anteriro. Perante esse pedido filósofos como Heidegger em "Ser e Tempo" parágrafo 43 consideram que o verdadeiro escândalo da filosofia não é não ter a prova mas exigir uma prova da existência do mundo externo. O Ser-aí já está no mundo quando faz essa pergunta. Por outro lado, G. E. Moore, em seu texto "A prova do mundo externo" considera o problema desde o ponto de vista das expressões na linguagem e sua relação com algo percebido. Sem entrar no mérito das duas propostas anteriores, que marcará o rumo de fenomenólogos e analíticos, vamos nos demorar em algumas considerações anteriores feitas a partir de Kant.
A questão que Kant assume não é se existe isto ou aquilo específico, mas se existe algo em geral. O problema de se existe isso ou aquilo específico pode ser um problema empírico, pode ser reducido a um equívoco circunstancial ou um problema reservado ao médico ou ao psicólogo. Ma s o problema de se existe algo em geral é problema da filosofia. Porém, essa existência de algo em geral é abordada não sem uma determinação específica. trata-se de saber se posso afirmar a existência de algo em geral na experiência cognitiva. Esse é o ponto de diferença entre a metafísica tradicional e a tarefa da filosofia entendida por Kant. A pergunta acerca de se há algo e não nada passa para a questão da existência do mundo externo, e essa questão é enunciada no interior de um campo de sentido.
No link que segue tem um artigo que ensaia uma interpretação semãntica da refutação ao idealismo com relação à questão dos objetos externos
https://www.academia.edu/8359400/Idealismo_Transcendental_e_Realismo_Emp%C3%ADrico_uma_Interpreta%C3%A7%C3%A3o_Sem%C3%A2ntica_do_Problema_da_Cognoscibilidade_dos_Objetos_Externos
Almeida, G. (2005) Kant e o escandalo da filosofia. IN PEREZ, D. O. "Kant no Brasil". São Paulo: Editora Escuta, pp. 137-166.
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