Contingência e desejo: o sujeito na psicanálise e na filosofia

O debate sobre o problema fundamental da prática psicanalítica, que não é outro que a contingência e o desejo (do analista), é também fundamental para pensar o sujeito em filosofia já não como substância, ou substrato, ou essência, ou função lógica senão como efeito.
Lacan pensa o contingente não apenas no acaso ou no que sucede para além daquilo que podemos estar informados, mas "o que não cessa de não se inscrever", isso também pode ser entendido como uma das possíveis definições do Real (dentro daquilo que se pensa como Imaginário-Simbólico-Real).
O sujeito em um evento político, por exemplo, pode ser pensado como efeito e ao mesmo tempo como efeito que não cessa de não se inscrever, enquanto contingente. Dai que evitamos o equívoco de cair em sujeitos a priori, como uma classe social ou um grupo cultural, étnico, posição sexual, etc. Mas também poupamos o engano de não pensar o sujeito em questão.

Sobre o assunto aqui há uma exposição em castelhano 


Comentários

Postagens mais visitadas